A décima primeira reunião da Comissão Especial de Estudos das Verbas do Covid, cujo objetivo é analisar a gestão e as prioridades empregadas no uso de verbas municipal, estadual e federal, destinadas ao combate da pandemia de Covid-19 no município de Ribeirão Preto, foi realizada nesta terça-feira, 19 de outubro, no plenário da Câmara Municipal.
O presidente da comissão, Sergio Zerbinato (PSB), conduziu a reunião que contou ainda com a presença dos vereadores e membros da CEE Duda Hidalgo (PT) e Marcos Papa (Cidadania), assim como o representante do Comitê de Combate à pandemia, João Paulo Batista.
Os vereadores receberam os convidados Antonio Daas Abboud, secretário de Governo, e Marcelo Cesar Carboneri, diretor Administrativo do Instituto Santa Lydia.
O tema abordado durante a reunião, foi o papel dos comitês e o grupo de transição tiveram e estão tendo durante o enfrentamento da pandemia.
Os convidados explicaram que inicialmente pouco se sabia sobre o vírus, mas que todas as decisões tomadas sempre foram pautadas pela ciência. Os comitês que foram compostos por membros de órgãos e entidades ligadas à área da saúde, sempre teve o objetivo de traçar estratégias e onde a administração municipal seguiu todas diretrizes.
Questionados sobre o uso do chamado tratamento precoce, Antonio afirmou que sempre respeitaram a liberdade que o médico tem em fazer uso da sua ciência, mas a prefeitura nunca incentivou o uso do medicamento sem comprovação cientifica. “Nunca discutimos imunização de rebanho ou tratamento preventivo. Sempre foi o distanciamento social com objetivo de diminuir a taxa de transmissão” disse o secretário.
O presidente da comissão questionou ainda um vídeo do prefeito citando a imunização de rebanho, o que foi defendido pelo secretário que foi em um cenário diferente, inicialmente pouco sabíamos sobre o vírus.
Foi relatado pelo diretor do Santa Lydia que em momento algum receberam ou foram orientados a utilizarem medicamentos sem eficácia comprovada cientificamente, e que muitas vezes a rede privada buscou apoio na rede pública, inclusive a maioria dos exames para detectar o Covid-19 foram realizados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), visto que a rede privada de convênios médicos não realizavam o exame.
Com a declaração de Abboud que talvez o Grupo de Trabalho seja reestruturado para um trabalho de retomada e não de contingência, o representante do Comitê de Combate à Pandemia, solicitou que não deixem de enfrentar a pandemia, “A pandemia não acabou, ela diminuiu bastante graças às vacinas, mas nós temos em média, cem pessoas infectadas na cidade de Ribeirão Preto todos os dias, temos quatro, cinco mortes por Coronavírus todos os dias. E todos os países que relaxaram no cuidado do enfr
entamento da pandemia, estão tendo de voltar atrás, inclusive países que já vacinaram 80% da população estão tendo problemas de contaminação e mortes novamente. Então, não deixem de enfrentar a pandemia”.
Encerrando sua fala e respondendo ao apelo do João, foi explicado por Marcelo que todos tem a consciência que a pandemia não acabou, a exemplo disso estão sendo mantidos os 39 leitos do hospital exclusivo para atendimento Covid. E encerrou:” Temos a consciência que a pandemia reduziu muito de tudo que a gente viveu, mas nós, principalmente quem está na linha de frente, temos contato direto com funcionários que estão afastando por contaminação, pacientes internados após segunda dose, pacientes internados se recusando a primeira dose, são fatos do dia a dia, a pandemia não acabou”.
Foi aprovado pelos vereadores para que seja solicitado aos comitês as atas das reuniões realizadas.
Texto: Silvia Morais (MTB 77105/SP)
Fotos: Thaisa Coroado (MTB 50170/SP)
